domingo, 10 de junho de 2012

Integração, estudos, reflexões e muitas apresentações em Fortaleza

A cidade de Caucaia, município vizinho a Fortaleza, sediou entre os dias 7 e 9 de junho, o 1º Encontro Nacional de Arte Espírita e o 9º Fórum Nacional de Arte Espírita. O evento, que se realizou na Casa Cordimariana de Encontros e Retiros, reuniu mais de 250 participantes de 15 unidades da Federação (Acre, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe) numa jornada de integração, estudos, reflexões e apresentações artísticas. Promovido pela Abrarte, o Encontro/Fórum contou com o apoio decisivo da comissão organizadora local, formada por trabalhadores dos grupos LEMA, AME, Espírito de Arte e VEM, além da Federação Espírita do Estado do Ceará e de várias casas e grupos espíritas cearenses.
 
A grande maratona cultural espírita iniciou na quinta-feira, dia 7, às 16 horas, com recepção aos participantes e dinâmica de integração seguida de apresentação do Grupo Vem (CE). Após o intervalo para banho e lanche, a abertura oficial começou às 19h30, com palavras dos presidentes da Abrarte, Cláudio Marins, e da Federação Espírita do Estado do Ceará, Luciano Klein Filho. O Grupo AME (CE), com uma versão reduzida do show Intimidade Espírita, e o Persona (RN), com a comédia Vivos de Morrer, fizeram as apresentações da noite, intercaladas com a exibição dos videoclipes das canções Noite Igual e Estradas contidos no DVD do Seminário Lítero-Musical A Caminho da Luz, produzido pelo SER (MG).
 
Centros de interesse e muitas apresentações na sexta
O segundo dia do evento começou com vivência envolvendo a história de Paulo de Tarso. Na sequência, os participantes puderam assistir a uma apresentação músico-teatral do Grupo de Teatro Vida (DF), com trechos do belíssimo musical Chico Xavier, o Anjo da Escrita Iluminada. Os centros de interesse vieram logo em seguida, dividindo os participantes em dez grupos, cada um voltado para um tema diferente dentro da proposta de refletir sobre as múltiplas possibilidades de diálogo entre Espiritismo e Arte. Fábio Fidelis (RN) discorreu sobre a “Arte Espírita na obra de Chico Xavier”; o Grupo Espírita Paz e Harmonia (MG) desenvolveu o tema “Eurípedes Barsanulfo e o papel da música na Evangelização de Espíritos”; Maurício Keller (GO) abordou a temática “Autoconsciência e Arte”, enquanto o Grupo Cantar É Viver (CE) trabalhou “A música integrada às atividades do centro espírita”; “A figura do palhaço na educação do Espírito” foi o tema desenvolvido pelo Grupo Fantasia (CE); Paulo Rowlands (GO) falou sobre “Sensibilização por meio da Canção”; Lucas de Pádua (GO) orientou “Como realizar uma mostra espírita de cinema”; José Ronaldo (SC) proporcionou reflexões sobre a “Arte integrada ao Espiritismo: o Artista-Espírita”; Claudio Marins (MG) apresentou “Caminhos para o Aprimoramento da Arte Espírita”; e finalmente, Sandro Saraiva (RN) tratou da “Gestão de um grupo de Arte Espírita: caminhos e descaminhos”.
 
Após o almoço, aconteceu a primeira tarde de apresentações. Seguiram-se no palco Lirálcio Ricci (SP), que contou sua história no campo da arte e da divulgação espíritas; o monólogo poético-musical Sopros, por Glaucio Cardoso da Cialemarte (RJ); o Coral Eurípedes Barsanulfo (MG), fruto da aplicação da proposta de Eurípedes Barsanulfo de uso da arte na educação do Ser Espiritual que somos; o Grupo Atoss (MG), com o encantador esquete O Burro de Carga; o grupo Canto de Paz (RN), que sintetizou o repertório de seus dois CDs numa apresentação carregada da musicalidade nordestina; e, por fim, Merlânio Maia e família, que fizeram uma emocionante apresentação poético-musical enraizada na cultura popular sertaneja.
À noite apresentaram-se dois dos grupos de arte espírita mais antigos em atividade no país: o Grupo Arte Nascente (GO), mesclando performances corporais a canções registradas em seus 4 CDs, e o Grupo de Teatro do NEA (SC), com o reflexivo texto de Ontem, uma lembrança...
 
Senhor, que arte queres que eu faça?
O sábado iniciou com a divisão de todos os participantes em dois grandes grupos: enquanto os associados reuniram-se na assembleia geral, para prestação de contas e outros assuntos administrativos da Abrarte, os demais inscritos vivenciaram mais uma dinâmica de integração. Em seguida, reunidos novamente todos os participantes, foi realizado o fórum “Senhor, que arte queres que eu faça?”. Haroldo Dutra Dias (MG), com sua oratória eloquente, trouxe profundas reflexões sobre a arte espírita, fundamentadas nas obras da Codificação, de Emmanuel e, como não poderia deixar de ser, nos textos do Novo Testamento. A manhã foi encerrada com as apresentações musicais de Júnior Vidal (RJ) e Tarcísio Lima (CE), cada qual em seu estilo, expressando as belezas da Doutrina Espírita em música e poesia.
Após o almoço, a programação reiniciou com apresentação do Grupo Cantar é Viver (CE), seguida pelo retorno do Grupo Atoss (MG) ao palco, desta vez com o esquete extremamente reflexivo Emiliano Jardim. Os vídeos Gente Boa, A Vida É... e O Resgate das Pedras, do Núcleo de Audiovisual Espírita de Goiânia foram exibidos logo antes do encerramento da tarde, pelo Grupo Ânima (ES), com a divertida comédia Um feriado daqueles.
A última noite do Encontro Nacional de Arte Espírita encerrou a programação com chave de ouro na participação contagiante do Grupo Vozes do Amanhã (SP), com um mini-show com as músicas de seu mais recente CD Novos tempos, e na belíssima apresentação do Auto da Terra do Pé Rachado, pelo grupo anfitrião LEMA (CE).
Foram três dias de emoção, integração, reflexão e estudo que ficarão na memória de todos aqueles que participaram deste grande evento. Para os que não puderam estar presente, uma pequena amostra de fotos pode ser conferida no Portal Arte Espírita:

Autor: Coordenadoria de Comunicação da ABRARTE